Quem tem pessoas idosas
na família sabe o “risco” que corre de essas pessoas terem em
algum momento o mal de Alzheimer. Na realidade, todos corremos este
risco. Na minha família, graças a Deus ainda tenho minhas duas
avózinhas. Certas coisas que escutamos delas são apenas reflexos de
uma breve perda de memória, ou de uma confusão que é normal na
idade que elas já têm (88 e 89 anos). Uma delas foi diagnosticada
com demência, que é parecido com o Alzheimer, tendo poucas
diferenças. A outra avó está de cama já faz um ano, e certas
coisas, acaba confundindo mesmo; talvez porque não tenha mais tanto
contato com o mundo externo.
Lendo o livro de
Heloisa Seixas, vi em vários momentos situações que já passamos
em minha família. O lugar escuro: Uma história de senilidade e
loucura (Objetiva, 2013, 135 p.) conta a história da mãe da
jornalista que abre para o público as portas de sua vida pessoal.
Por ser um livro autobiográfico, achei-o muito, muito cru. E isso
não é ruim. Isso é excelente. Alguns livros que já li (não sobre
o tema em questão, mas sobre qualquer outro) que são crus, não
trataram o tema de que falavam com tanta honestidade. Era um cru
exagerado, um cru que queria chamar a atenção. Não estou lembrada
de ter lido um livro autobiográfico tão envolvente.
Vemos o amadurecimento
da autora em relação a várias situações constrangedoras, tristes
e até mesmo engraçadas. Heloisa conta também vários fatos que
antecederam a doença da mãe, fatos estes que talvez tenham
colaborado para a doença. Toma a liberdade de contar várias
histórias familiares (que eu achei de uma intimidade incrível) com
personagens tão reais que vemos que a história é realmente
verdadeira. Indico muito.
Título: O lugar escuro: Uma história de senilidade e loucura
Autor: Heloisa Seixas
Editora: Objetiva
Páginas: 135
Título: O lugar escuro: Uma história de senilidade e loucura
Autor: Heloisa Seixas
Editora: Objetiva
Páginas: 135
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