domingo, 24 de agosto de 2014

Resenha - Não atravesso a rua sozinho + Olhos de raposa

Já faz duas semanas que terminei de ler estes dois livrinhos. Livrinhos é só uma forma carinhosa de chamar dois livros que fiquei completamente apaixonada. Não conhecia nada de Fabrício Carpinejar. Quando consegui a parceria com a editora Edelbra, fiquei tão contente; e ainda mais depois quando descobri que eles são a publicadora de Carpinejar. Os livros chegaram bem rápido, e logo de cara fiquei louca para começar. Ok, comecei! Deixei todos para trás e botei na frente mesmo haha


O primeiro que li foi Não atravesso a rua sozinho (2013, 108 p.). Grande foi minha surpresa ao saber que Fabrício é um poeta, escrevendo prosa. Logo no epílogo, ele já deixa avisado: “Esta é a minha biografia. Se eu inventei, é porque não consegui suportar a realidade“. Já achei isso de uma incrível sinceridade. Nem sempre conseguimos contar a total realidade das coisas. E é assim que o livro segue: com tendências para a realidade, salpicadas com pequenas doses de fantasia. O que pude perceber em suas crônicas, é que o autor teve uma infância um tanto quanto agitada, com seus amigos da rua, com seus parentes e sua imaginação voando longe.


O segundo livro que recebi da editora Edelbra, e li logo após o primeiro, foi Olhos de raposa (2014, 124 p.), onde o autor conta a vivência com seus filhos Mariana e Vicente. Sob o olhar de uma criança, as coisas realmente passam a ser mais interessantes. Elas veem detalhes que nós, adultos, esquecemos espalhados pelos caminhos que a vida se encarrega de nos empurrar. Há situações em que eu me peguei pensando: “até parece que uma criança vai falar isso”. Mas acabei lembrando de diversas histórias emocionantes que já ouvi, vindas das bocas dos próprios pais, avós, e tios corujas: relatos de crianças tão espertas quanto qualquer adulto.

É muito difícil fazer uma resenha de um livro que acaba completando sua função. Então deixo aqui, como últimas palavras, uma linda frase escrita pelo próprio autor dos dois livros: “A desistência da explicação é o início do poema“.

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