sábado, 27 de setembro de 2014

Resenha - Manual do telespectador insatisfeito

Olá! Tudo bem com vocês?
wagner
A resenha que venho fazer hoje é de um livro bem interessante. Ele é um pouco mais técnico: na realidade, peguei emprestado (ou alugado, como costumam dizer meus alunos haha) da biblioteca onde trabalho. Chama-se Manual do telespectador insatisfeito (Summus, 1999,130 p.), e foi escrito pelo roteirista e diretor de programas educacionais, Wagner Bezerra. É um livro antigo e infelizmente sua realidade é atual. O autor, de forma bem dinâmica e tranquila, mostra-nos a grande decepção do público (principalmente de pais) quanto à programação da TV aberta brasileira. O livro é dividido em cinco partes: a primeira parte diz qual o papel social na TV; a segunda parte, quem regulamenta a programação; a terceira, quem é o "dono" da televisão; a quarta, a cidadania na televisão; e a quinta, a educação voltada às crianças.
O autor pega diversos depoimentos que eram enviados a algumas revistas (como a IstoÉ) e ao Jornal do Brasil, mostrando a grande decepção dos pais quanto à depreciação que a mídia impôs (sim, impôs) diante de nossos olhos. A violência e sexo explícitos desfilam diante de nós, e infelizmente, não sabemos a quem recorrer. Apenas um parênteses meu: Muitas pessoas já se acostumaram a esta situação, e acham bonitinho e normal os filhos imitarem tudo o que veem na TV (Eita, Giovana). Mas não, não tem nada de engraçado. Com a crescente piora dos programas televisivo, vemos também outros problemas aumentando gradualmente. Tudo o que acontece aqui fora das telinhas, é reflexo do que vemos nela.
Bezerra também nos apresenta uma entrevista que ele fez com a Anatel (a Agência Nacional de Telecomunicações), onde mais abaixo você pode ler um trecho. Nesta entrevista (que na realidade, são perguntas enviadas por e-mail), o autor faz diversas perguntas, principalmente voltadas à responsabilidade da programação. Por mais que a Anatel afirme que, segundo a Constituição Federal, é dever das emissoras de rádio e TV apresentarem ao público programas com finalidade educacional e cultural, a mesma Agência tira o corpo fora quando é perguntada sobre a responsabilidade de vigilância e critérios que deveriam ser adotados perante ao abusivo "entretenimento" que nos é entregue. E aí fiquei me perguntando: qual o real papel da Anatel? Observar somente?
É um livro recheado de informações interessantes. Fiquei ainda mais animada para ler (ler, ler, ler, minha vida é ler!) e desligar a televisão!
anatel
Título: Manual do telespectador insatisfeito
Autor: Wagner Bezerra
Editora: Summus editorial
Páginas: 130
Resenha em vídeo aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=zevFdr2C7Hg

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Resenha - A vida secreta de Jonas + O fantasma que falava espanhol

Olá!
Hoje venho fazer uma resenha de dois livros infanto-juvenis que li na semana passada. Os dois livros são de Luiz Galdino, um autor de minha região. Ele nasceu na cidade de Caçapava, interior de São Paulo, e é professor e escritor. Tem quase sessenta obras lançadas, dentre elas, infanto-juvenis, ficção para adultos e ensaios. Já ganhou mais de trinta prêmios, como o Prêmio Literário Nacional do Instituto Nacional do Livro (DF) e o Jabuti. Os dois livros que li de Luiz Galdino, foram livros que eu comprei em sebos, e fazia muito tempo que eu queria ler. Irei falar um pouco sobre cada um deles.
jonas
A vida secreta de Jonas (Ática, 1999, 96 p.) é um dos livros da série Vaga-lume, série tão consagrada nos anos 90. Neste livro, somos apresentados a um grupo de amigos: Geninho, Cláudia, Maurício, Rubão, Rafa e Ana Paula. Estudam na mesma escola e todos os dias se encontram num banco da praça. Um dia, vêm em direção a eles um garoto loiro, com roupas bem esfarrapadas. O grupo, de início, estranha o indivíduo, mas Geninho e Ana Paula acabam simpatizando muito com ele. O garoto não lembra de nada de sua vida: de onde veio, de seus pais, e até de seu nome. Eles o batizam de Jonas. Porém, Mauricio e Rubão não gostam nem um pouco da presença de Jonas e fazem de tudo para que o grupo vire as costas para ele. A cidade começa a ficar desconfiada e com medo deste garoto tão estranho. Por que ele não lembra de nada? De onde ele veio? Por que é tão simpático, mesmo quando todos estão contra ele?
Gostei bastante do livro. Como vocês já devem saber, o tema extraterrestre me interessa muito haha  Fiquei bastante curiosa com o rumo da história, e em vários momentos fiquei bastante confusa: Jonas é ou não é um extraterrestre?

fantas
O fantasma que falava espanhol (FTD, 1994, 103 p.) segue a mesma linha de A vida secreta de Jonas: cheio de aventuras. Um grupo de amigos vai até uma ilha, querendo fazer uma pesquisa sobre barcos afundados. Lá eles devem se encontrar com o senhor Ernesto, que é o único morador da ilha, para pedir mais informações. Vasculhando o pequeno monte de terra, encontram um casarão abandonado. Os mais corajosos espiam para dentro da casa, mas algo muito estranho acontece: Cláudia quase leva um tiro. De onde veio aquele tiro? O senhor Ernesto é o único morador da ilha e aparenta ser um senhor muito tranquilo. Durante a estadia dos amigos na casa do pescador, ele conta que há uma lenda de que aquela casa é mal-assombrada. E muitas coisas estranhas vão acontecendo: algo ou alguém está querendo expulsar os visitantes da ilha por algum motivo.
Desde criança eu morria de vontade de ler este livro. Havia uma série na TV Cultura chamada O fantasma escritor - que por sinal, com todo mundo que eu comento, ninguém lembra. Tenho até medo de ser fruto da minha imaginação haha -, onde havia um grupo de amigos que se comunicava com um fantasma (tinha uma caneta muito maneira que escrevia "sozinha") através da escrita. E sim, eu queria ler este livro por causa desta série da TV Cultura. Talvez o livro trouxesse lembranças da época. Mas foi bem diferente do que imaginei! O fantasma é bem malvado, tentando a qualquer custo assassinar o grupo de jovens. Um livro bem gostoso de ser lido.

Título: A vida secreta de Jonas
Autor: Luiz Galdino
Editora: Ática
Páginas: 96
Título: O fantasma que falava espanhol
Autor: Luiz Galdino
Editora: FTD
Páginas: 103

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Resenha - O pequeno livro das páginas em branco

Olá, boa noite!
Vixi, to vendo que esse mês é o mês dos livros infanto-juvenis haha
paginas em branco
Já li alguns (como você pode ver na minha listagem dos livros lidos no ano de 2014), e este não foi meu favorito. O pequeno livro das páginas em branco (Scipione, 2006, 80 p.) é um livro infanto-juvenil que foi adaptado de um teatro pelo mesmo autor, Jaime Celiberto. Conta a história de Natália, uma garota de 16 anos que acabou de perder o pai. Ela sofre muito com a perda, colocando sempre a culpa em si mesma, relembrando o quanto maltratou seu pai em vida. É uma garota muito sem juízo, muito respondona. Para tentar escapar de sua culpa, resolve ir morar com o avô, deixando mãe e irmão para trás. Só que percebe que não é tão fácil livrar-se dos problemas, apenas mudando de lugar.
Achei o livro bem forte, para ser chamado de infanto-juvenil. O modo como o autor escreveu é bem poético, e fiquei o tempo todo imaginando o livro em forma de teatro. É uma boa história sim, mas por achar o livro muito forte para ser infanto-juvenil (eu o chamaria de YA fácil, fácil) não chamou tanto assim minha atenção. Natália me irritou a maior parte do livro. Mas ok, suas "filosofias" eram bem legais de ser lidas rs  Indico, mas saiba que é um livro mais forte que sua capa fofinha ;)
Título: O pequeno livro das páginas em branco
Autor: Jaime Celiberto
Editora: Scipione
Páginas: 80 p.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Resenha - Perfil de uma mente criminosa, vol. 1 e 3

Olá! Bom dia!

Gosto demais de livros que tratam o tema psicopatia, thrillers policiais, horror, terror e companhia. Isto sempre me deixou com medo, mas sempre me enfeitiçou também (Meu irmão que o diga! Quando vejo filmes de terror, ele tem que dormir comigo, até hoje hahaha). Há umas três semanas, a biblioteca da faculdade em que trabalho, recebeu uma doação bem grande de livros sobre criminologia, direito penal e inclusão social. No meio de tantos livros técnicos, encontrei dois, que oh, fiquei apaixonada. Mas para minha decepção, veio faltando o volume 2 hahaha (Coisa feia Dani, é doação, você não pode reclamar assim!).

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Perfil de uma mente criminosa, volume 1, de Brian Innes (Escala, 2009, 88 p.) traça o perfil das mentes de vários criminosos (não, jura?!), onde o FBI entrou em cena. O autor primeiramente, expõe ao leitor uma breve história sobre a procura da personalidade humana através dos séculos. Antigamente, a mentalidade de um criminoso era analisada segundo o formato de seu crânio (!); mas logo alguns estudiosos viram que isto não fazia muito sentido, e começaram a estudar a mente. Ainda se atendo a algumas coisas que hoje, sabemos que não são possíveis basearmos somente nestas premissas, as análises foram progredindo e a arte da investigação foi sendo aperfeiçoada. O livro também conta diversos casos de assassinatos em série, como o famoso caso de Jack, o Estripador, que infelizmente até hoje não se é sabido quem foi realmente o autor dos crimes (nem se foi somente uma pessoa). Criminosos como o "Bombista louco" também foram procurados pela polícia nova-iorquina, sempre tão atenta às suas cartas lamentosas e ameaçadoras. Fiquei bem impressionada com várias partes do livro (é em formato de revista, mas eu o considero livro, pois tem ISBN rsrs), e sinceramente, fiquei me perguntando mais do que nunca: até onde vai a mente humana? Quais loucuras somos capazes de cometer? O que leva uma pessoa a cometer tais atos de crueldade, e não ter o mínimo de compaixão por suas vítimas?

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Já o terceiro volume, de Perfil de uma mente criminosa (Escala, 2009, 109 p.) o mesmo autor exibe diversos casos que aconteceram nos Estados Unidos e na Europa. Em meio aos casos, vai destrinchando perfis geográficos e até mesmo perfis grafológicos. Nos perfis geográficos, os analistas dizem que é possível encontrar onde o assassino mora ou onde passa a maior parte de seu tempo através de algumas táticas. Já os perfis grafológicos (isto me deixou bem interessada), estudiosos analisam as letras e a forma como a carta/bilhete é escrita! E poxa vida, eles acertam! Brian também vai revelando algumas teorias modernas da mente do crime (teorias estas que fazem sentido! rs). A última parte do livro (ou último "capítulo"), são mostrados a nós, leitores, como é feito o interrogatório pelo FBI. É coisa que não estamos nada acostumados a ver: um interrogatório muito, muito intenso, que mexe demais com a cabeça de qualquer um.
Gostei muito dos dois livros (e queria muito ler o segundo! haha), e indico demais. Acho até mesmo importante sabermos um pouquinho deste meio tão aterrorizante que ronda nossa volta. Psicopatas existem em todos os lugares, como diria Ana Beatriz Barbosa Silva, e lendo este livro, acredito!

Título: Perfil de uma mente criminosa: volume 1, A psicologia solucionando os crimes da vida real

Autor: Brian Innes
Editora: Escala
Páginas: 88 p.


Título: Perfil de uma mente criminosa: volume 3, Histórias reais de casos que abalaram a Europa e os EUA

Autor: Brian Innes
Editora: Escala
Páginas: 109 p.